Entra em funcionamento hoje, 13/07, a primeira etapa do Instituto Materno-Fetal Celso Rigo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Trata-se da mais completa estrutura da América Latina localizada em um único centro, voltada para o atendimento de todos os tipos de patologias materno-fetais para pacientes usuários do SUS, de convênios e particulares. Ainda, será o primeiro local do mundo, fora da Espanha, coordenado pela equipe da Medicina Fetal Barcelona, um dos maiores centros especializados dessa área. Os tratamentos disponíveis no Instituto de Medicina Fetal abrangem desde o diagnóstico fetal, acompanhamento da mãe e do bebê durante a toda a gestação, exames diagnósticos de última geração, parto em condições adequadas e tratamento do bebê em hospital pediátrico especializado. A partir de setembro, o serviço passará a realizar cirurgias fetais.
O projeto desenvolvido em conjunto com a Medicina Fetal Barcelona, de iniciativa e capitaneado pelo diretor médico dos hospitais Santo Antônio e São Francisco, o cirurgião cardiovascular Fernando Lucchese, começou a sair do papel há pouco mais de um ano. “O que estamos trazendo para Porto Alegre é algo inédito para o nosso meio. Seremos o único hospital com esta estrutura de serviço e acompanhado por esta instituição espanhola, colocando à disposição de toda a população os mais avançados equipamentos, as melhores técnicas e um corpo funcional da mais alta qualidade. Entre os destaques, será a vinda periódica, a Porto Alegre, de renomado cirurgião fetal espanhol, que passará a integrar o corpo clínico da Santa Casa, realizando procedimentos de altíssima complexidade no nosso novo serviço”, explica Lucchese.
Esta primeira fase de atendimento irá contar com os serviços de diagnóstico de todas as patologias materno-fetais, ou seja, patologias que afetam os bebês no período fetal (como cardiopatias congênitas, malformações neurológicas, malformações dos aparelhos digestivo e urinário e alterações relacionadas a gestações gemelares) e patologias típicas da gestação, que afetam tanto o bebê como a mãe (como retardo de crescimento intrauterino, pré-eclâmpsia, infecções materno-fetais e prematuridade). “A incidência de malformações fetais gira em torno de 2 a 3% dos bebês, sendo que as cardíacas estão entre as mais frequentes (0,8 a 1%). Quando se considera também as patologias materno-fetais a incidência é bem maior, podendo atingir um grande número de gestantes”, explica o coordenador médico do Instituto, DR. Marcelo Brandão da Silva.
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