As recomendações são direcionadas ao manejo de pacientes com síndromes genéticas com imunodeficiência na pandemia da COVID-19. As Imunodeficiências Primárias (IDP), também denominadas Erros Inatos da Imunidade, compreendem um grupo amplo de doenças genéticas que acometem o sistema imunológico e podem se manifestar sob a forma de infecções graves de repetição, autoimunidade, inflamação, alergias e câncer.
Ainda não há estudos ou relatos na literatura sobre o comportamento do COVID-19 em pacientes com IDP. Como uma iniciativa conjunta de sociedades internacionais de imunodeficiências, coordenada pela União Internacional das Sociedades de Imunologia, foi elaborado um inquérito que tem o objetivo de mapear e acompanhar a situação entre pacientes com imunodeficiências.
Contudo, apesar da ausência de evidências robustas, pacientes com imunodeficiências que cursem com linfopenia particularmente às custas de linfócitos T CD4+ (p.ex. trissomia do cromossomo 21, síndrome de deleção 22q11.2, Ataxia-Telangiectasia, síndrome de Jacobsen [deleção 11q24.1]), bem como IDP que requerem a utilização de imunoglobulina humana ou corticoterapia (> 5 mg de prednisolona ao dia), imunobiológicos por mais de 4 semanas estão entre os pacientes de maior risco. Igualmente os pacientes com doenças associadas à linfohistiocitose hemofagocítica, bem como pacientes com imunodeficiência que foram transplantados há menos de 01 ano e/ou que usam medicamentos imunossupressores também são pacientes em risco significativo de terem quadros mais graves pelo SARS-CoV-2.
Além dos cuidados habituais a toda população, o material recomenda, entre outras medidas, a vacinação contra gripe para todos os pacientes com IDP, mesmo que não haja garantias de resposta de anticorpos, segundo o calendário da Campanha Nacional de Vacinação.
A nota técnita está disponível na íntegra no link https://www.sbgm.org.br/uploads/sbgm_imunodefici%C3%AAncia.pdf
Fonte: SBGM
Fonte: SBGM
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